DAP (Doença Arterial Periférica):
A doença arterial periférica ocorre devido à obstrução dos vasos sanguíneos que levam o sangue aos tecidos dos membros inferiores.
A grande maioria das vezes a causa é por aterosclerose, que é o acumulo de gordura e placas de colesterol na parede das artérias. Com isso, o fluxo sanguíneo diminui e o tecido sofre uma isquemia.
Vários fatores podem contribuir para esta doença: Diabetes Mellitus, Tabagismo, Hipertensão, Sedentarismo, Hipercolesterolemia e idade avançada.
Os sintomas podem ser desde um desconforto na musculatura, passando por dor intensa durante a caminhada, obrigando a pessoa a parar de caminhar, até a dor em repouso e finalmente ferimentos muito dolorosos nas extremidades com difícil cicatrização.
O tratamento consiste no controle rigoroso dos fatores de risco, o uso de medicações específicas para melhorar a distância das caminhadas e antiagregação das plaquetas.
Quando o tratamento inicial falha, é necessário realizar a revascularização do membro. Este tratamento pode ser através de uma ponte com a veia safena ou de materiais sintéticos, endarterectomia (retirada da placa de gordura) ou mais atualmente através de angioplastia com balão e implante de stent. Em casos avançados, nos quais ocorre grande perda de tecido ou a doença arterial é muito extensa, pode ser necessária a amputação do membro acometido.
Aneurisma:
Os aneurismas são dilatações dos vasos sanguíneos que podem acometer qualquer segmento do nosso corpo. Os vasos mais acometidos são a aorta, as artérias intra cerebrais e, mais raramente, as artérias de órgãos intestinais e periféricas.
Afeta comumente os homens, na proporção de 4:1 em relação às mulheres, e é mais detectado a partir dos 55 anos de idade. Trate-se de uma patologia multifatorial. Pode decorrer de predisposição genética e/ou outros fatores como hipertensão arterial, tabagismo, colesterol elevado e idade avançada.
Habitualmente o diagnóstico é feito de forma incidental com um achado em um exame de imagem (USG, Tomografia, Ressonância, etc.). Porém, as vezes os aneurismas podem levar ao aparecimento de sinais e sintomas como uma tumoração pulsátil na barriga ou em outras regiões, dor por compressão de estruturas vizinhas, a trombose da artéria acometida e finalmente uma rotura do aneurisma que configura uma emergência cirúrgica.
O tratamento pode ser realizado de diversas formas: Desde o acompanhamento clínico nos aneurismas de pequeno tamanho, tratamento cirúrgico para a retirada do aneurisma, sua exclusão e finalmente um tratamento endovascular através de pequenas punções nas virilhas para a introdução de endopróteses e outros dispositivos.
Doença Arterial Carotídea:
Doença arterial carotídea acontece quando ocorre um estreitamento das artérias carótidas, que são responsáveis por levar o sangue oxigenado da aorta até o cérebro, podendo causar acidentes vasculares cerebrais (AVCs), também conhecidos como derrames. O estreitamento das artérias é resultado do acúmulo de gordura no seu interior. Esse fenômeno é conhecido como aterosclerose. Pequenos fragmentos de gordura podem se soltar e causar um entupimento em artérias do cérebro bloqueando a passagem de sangue para uma determinada região causando uma isquemia.
Sintomas
Não ocorrem sintomas na fase inicial da doença. Na maioria das vezes, a primeira manifestação é um derrame. Em alguns casos pode ocorrer um ataque isquêmico transitórial (AIT). Nesse caso, os sintomas permanecem por algumas horas e incluem: fraqueza e dormência de um dos lados do corpo, inabilidade de controlar os movimentos de uma perna ou braço, perda temporária de parte da visão, dificuldade de comunicação, tonturas e confusão mental. Deve se buscar assistência médica imediatamente para que um tratamento adequado seja iniciado rapidamente.
Diagnóstico
Após o exame clínico completo, utilizamos métodos de imagem para diagnosticar o estreitamento ou a obstrução das carótidas. Ultrassom doppler, angiorressonância e arteriografia digital são os os exames mais utilizados.
Tratamento
Dependendo do grau de obstrução das artérias e da presença ou não de sintomas, o tratamento pode variar desde a mudança de estilo de vida e medicações até a necessidade de uma cirurgia. O cirurgião vascular pode realizar dois tipos de tratamento, a cirurgia, chamada endarterectomia, que consiste na retirada das placas de gordura calcificadas do interior da artéria ou a angioplastia de carótida, na qual através da técnica endovascular, delicados balões e stents são utilizados para desobstruir as artérias doentes. Cada paciente deve ter sua conduta individualizada.